Empresa retira 20 litros dos 20 mil de agrotóxicos que caíram no rio Tocantins após queda de ponte

  • 08/01/2025
(Foto: Reprodução)
A retirada das 10 bombonas foi realizada por mergulhadores contratados pela empresa Sumitomo, responsável pela carga. Empresa retira 20 litros dos 20 mil de agrotóxicos que caíram no rio Tocantins após queda de ponte Divulgação/Ibama Nessa terça-feira (7), foram retiradas 10 bombonas de agrotóxicos que caíram no rio Tocantins, após o desabamento da Ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira. A quantidade corresponde a 20 litros de defensivo agrícola. No total, no caminhão que transportava a carga, havia 20 mil litros do produto. A retirada das 10 bombonas foi realizada por mergulhadores contratados pela empresa Sumitomo, responsável pela carga. A operação de retirada dos produtos continua nesta quarta-feira (8). O trabalho é acompanhado pela equipe de Emergência Ambiental do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). Empresa retira 20 litros dos 20 mil de agrotóxicos que caíram no rio Tocantins após queda de ponte Divulgação/Ibama O tempo de retirada da carga depende, principalmente, da situação climática. De acordo com o Ibama, a operação para retirar os agrotóxicos do rio teve início na manhã dessa terça, quando os mergulhadores fizeram um mergulho de reconhecimento de área. No período da tarde, eles conseguiram retirar as 10 bombonas de agrotóxicos. Segundo o Ibama, as bombonas continham três tipos de agrotóxicos caíram no rio. São eles: Carnadine (agrotóxico - ingrediente ativo: acetamiprido): usado no controle de diversos tipos pragas nas plantações; PIQUE 240SL (agrotóxico - ingrediente ativo: picloram): recomendado para o controle de plantas infestantes; Tractor (agrotóxico - ingrediente ativo: picloram + 2,4-D trietanolamina): usado no controle de plantas daninhas em áreas de pastagens. Na segunda-feira (6), o Ibama informou que os tanques com ácido sulfúrico no leito do rio Tocantins apresentaram um pequeno vazamento. Não há a confirmação exata do quanto vazou, porém o volume derramado ainda não gera grandes preocupações. Ao todo, 76 toneladas de ácido sulfúrico que caíram no rio. Deste volume, teriam vazado cerca de 23 mil litros. O ácido é substância não inflamável, mas tem alto poder corrosivo, além de ser oxidante. Três pessoas ainda estão desaparecidas Vítimas do desabamento da ponte entre MA e TO que continuam desaparecidas Divulgação A Marinha do Brasil informou que das 17 vítimas do desabamento da ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira, que liga o Maranhão ao Tocantins, 14 já foram localizadas e identificadas. Até a tarde desta quarta-feira (8), três pessoas seguiam desaparecidas. ✅ Clique aqui para seguir o novo canal do g1 Maranhão no WhatsApp Os desaparecidos são Salmon Alves Santos, de 65 anos e Felipe Giuvannuci Ribeiro, 10 anos que são, respectivamente, avô e neto. Além deles, o maranhense Gessimar Ferreira da Costa, de 38 anos também está entre os desaparecidos. Três pessoas ainda estão desaparecidas após queda de ponte entre o MA e TO; veja quem são elas A ponte, na BR-226 que liga as cidades de Estreito (MA) e Aguiarnópolis (TO), desabou na tarde do dia 22 de dezembro de 2024. Segundo o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), do governo federal, o desabamento aconteceu porque o vão central da ponte cedeu. A causa do colapso ainda vai ser investigada, de acordo com o órgão. Buscas pelos desaparecidos Na terça-feira (7), a Marinha do Brasil havia informado que a Força-Tarefa de busca e resgate às vítimas poderiam ser encerradas caso não houvessem novos indícios que levem à localização dos últimos desaparecidos. Entretanto, informações obtidas pelo g1 na tarde desta quarta-feira (8), informaram que as buscas aos desaparecidos estariam sendo feitas somente via barco e com auxílio de drones. De acordo com o órgão, caso as buscas fossem encerradas, os trabalhos poderiam ser retomados “caso surjam novas informações concretas que contribuam para a localização das vítimas”. A nota diz ainda que seria realizada uma nova varredura com mergulhadores para concluir um “ciclo técnico que elimina quaisquer lacunas nas áreas já exploradas”. Desde o início das operações, a Força-Tarefa concentrou esforços nas áreas com maior probabilidade de localização das vítimas, especialmente nas proximidades dos veículos e escombros. A Marinha informou também que nesta quarta-feira (8) aconteceu a abertura das comportas da barragem da Usina Hidrelétrica de Estreito, devido ao aumento do nível do reservatório e do regime de chuvas na região. Correnteza atrapalha as operações A correnteza do rio Tocantins também gera dificuldade para o resgate dos corpos das vítimas que ainda não foram encontradas. Tanques com defensivos agrícolas, que também caíram no rio, também devem ter sido arrastados, segundo os mergulhadores. A suspeita é que abertura das comporta da hidrelétrica de Estreito deve ter contribuído para arrastar os corpos e materiais para mais longe do local da queda da ponte. A abertura das comportas foi necessária porque chove na região e a água represada tinha chegado no limite. Três pessoas seguem desaparecidas após queda de ponte entre o MA e TO LEIA MAIS Veja o antes e depois da ponte que desabou entre Maranhão e Tocantins; FOTOS Ministro dos Transportes anuncia decreto emergencial e diz que vai reconstruir ponte que caiu entre MA e TO em 2025 Marinha divulga imagens de tanques que caíram no rio Tocantins; carga ficou intacta, diz governo do MA Retirada de tanques com ácido e pesticidas do rio Tocantins pode demorar até 1 mês, diz IBAMA Tanques de caminhões com substâncias químicas que caíram no Rio Tocantins após desabamento de ponte estão intactos Mergulho a 40 metros e com luz de lanternas: bombeiros dão detalhes das buscas por vítimas do desabamento de ponte Vítimas localizadas e resgatadas Vítimas da queda da ponte que ligava o Maranhã ao Tocantins Arquivo pessoal Lorena Ribeiro Rodrigues, de 25 anos, era natural de Estreito (MA) mas morava em Aguiarnópolis (TO). O corpo dela foi localizado no domingo (22); Lorranny Sidrone de Jesus, de 11 anos. O corpo dela foi localizado na terça-feira (24). Ela estava em um caminhão que transportava portas de MDF, que saiu de Dom Eliseu (PA) e que caiu no rio Tocantins; Kécio Francisco Santos Lopes, de 42 anos. O corpo dele foi localizado na terça-feira (24). Segundo a Secretaria de Segurança Pública, ele era o motorista do caminhão de defensivos agrícolas; Andreia Maria de Souza, de 45 anos. O corpo foi encontrado na terça-feira (24). Ela era motorista de um dos caminhões que carregavam ácido sulfúrico; Anisio Padilha Soares, de 43 anos. O corpo dele foi localizado na quarta-feira (25); Silvana dos Santos Rocha Soares, de 53 anos. O corpo dela foi localizado na quarta-feira (25); Elisangela Santos das Chagas, de 50 anos. O corpo dela foi encontrado por mergulhadores na manhã da quinta-feira (26). Ela estava em uma caminhonete, junto com o marido, o vereador Alison Gomes Carneiro (PSD); Rosimarina da Silva Carvalho, de 48 anos. O corpo dela foi localizado também na quinta (26); Alison Gomes Carneiro, de 57 anos. O vereador do PSD teve o corpo localizado na manhã de domingo (29). Ele estava na caminhonete com a esposa, Elisangela Santos, que também morreu na tragédia. Cássia de Sousa Tavares, de 34 anos. O corpo dela foi retirado do rio na terça-feira (31) e estava dentro de um veículo. Ela viajava com a filha, Cecília de três anos e o marido, Jairo Silva Rodrigues. Apenas ele sobreviveu a tragédia. Cecília Tavares Rodrigues, de 3 anos. O corpo dela foi retirado do rio na terça-feira (31). A menina viajava com a mãe, Cássia e com o pai, Jairo Silva Rodrigues. Beroaldo dos Santos, de 56 anos. Ele foi retirado da água no fim da manhã de quarta-feira (1º), segundo a Marinha. O corpo dele havia sido localizado no domingo (29), dentro da água, na cabine da carreta que transportava as 76 toneladas de ácido sulfúrico. Na manhã de sexta-feira (3), um corpo foi encontrado no rio Tocantins. Era o mototaxista Marçonglei Ferreira, de 43 anos, que trabalhava na região. Alessandra do Socorro Ribeiro, de 40 anos, natural de Palmas, no Tocantins. A identificação foi realizada em São Luís por meio de exame de DNA, realizado pelo Instituto de Análise Forense (IGF). O desabamento Segundo o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), do governo federal, o desabamento ocorreu porque o vão central da ponte cedeu. A causa do colapso ainda será investigada, de acordo com o órgão. Vereador mostrava situação da ponte e flagrou momento da queda O momento em que estrutura cedeu foi registrado pelo vereador Elias Junior (Republicanos). Em entrevista ao g1, ele contou que estava no local para gravar imagens sobre as condições precárias da ponte. Parte de ponte entre TO e MA que não desabou deve ser implodida antes de obra, diz DNIT Uma força-tarefa foi criada identificar os corpos das vítimas encontrados pelas equipes de buscas. Conforme a Secretaria de Segurança Pública, os trabalhos são realizados por um perito oficial médico, peritos criminais, agentes de necrotomia e papiloscopista. Um consórcio foi contratado pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) para reconstruir a ponte da BR-226, entre Tocantins e Maranhão. A dispensa de licitação de quase R$ 172 milhões prevê que a obra seja finalizada até o dia 22 de dezembro de 2025. A ponte foi completamente interditada, e os motoristas devem usar rotas alternativas. Situação de emergência A Prefeitura de Estreito decretou situação de emergência no município. Um decreto, assinado pelo prefeito Léo Cunha (PL), cita a necessidade de apoio técnico e financeiro dos governos federal e estadual, já que o município estaria com falta de recursos para atender várias demandas urgentes decorrentes da queda da ponte. Além da localização e resgate dos corpos dos desaparecidos, o prefeito cita prejuízos às atividades agrícolas e pesqueiras, além do risco de contaminação do rio Tocantins devido aos tanques de ácido sulfúrico e de pesticidas que caíram na água, com a queda da ponte. No dia 31 de dezembro, o Ministério da Integração e Desenvolvimento Regional reconheceu a situação de emergência na cidade de Estreito. Com essa medida, a cidade pode solicitar recursos federais para ações de Defesa Civil, dentre outras. Ponte entre Maranhão e Tocantins desaba sobre rio Arte/g1

FONTE: https://g1.globo.com/ma/maranhao/noticia/2025/01/08/empresa-retira-20-litros-dos-20-mil-de-agrotoxicos-que-cairam-no-rio-tocantins-apos-queda-de-ponte.ghtml


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